quinta-feira, 3 de setembro de 2009

IROKO




Iroko (Chlorophora excelsa) - Árvore africana, também conhecido como Rôco, Irôco, é um Orixá, cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponderia ao Nkisi Tempo na Angola/Congo. No Brasil, Iroko é considerado um orixá e tratado como tal, principalmente nas casas tradicionais de nação ketu. É tido como orixá raro, ou seja, possui poucos filhos e raramente se vê Irôko manifestado. Para alguns, possui fortes ligações com os orixá chamados Iji, de origem daomeana: Nanã, Obaluaiyê, Oxumarê. Para outros, está estreitamente ligado a Xangô. Seja num caso ou noutro, o culto a Irôko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias. No Brasil, Iroko habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa. Na África, sua morada é a árvore iroko, nome científico chlorophora excelsa, que, por alguma razão, não existia no Brasil e, ao que parece, também não foi para cá transplantada. Para o povo yorubá, Iroko é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos orixás.


Irokó é o orisá da abundância e prosperidade. Acredita-se que more na árvore irokó —teca da África Ocidental — mas devido à inexistência desta árvore em Cuba, foi associado com a Ceiba (Ceiba pentandra, L.). Muitos Olorisas plantam esta árvore em suas casas por ser considerada uma das árvores mais respeitadas, com grandes poderes esotéricos. Supõe-se que todos os orisás se reúnam em suas raízes, ainda que especialmente associada a Shangó, Aganjú, Oduduwá, Obatalá, e Egúngún. Quando Irokó é cultuado na base da Ceiba, a árvore é ornamentada com almofadas de diversas cores, com mariwó— folhas do dendezeiro, e outros objetos. Muitos alimentos cozidos, são oferecidos às divindades na base desta árvore.
Há somente um caso conhecido de ordenação para Irokó em Cuba. Modesta Morera, Alaraba. Foi ordenada para Irokó através de Yemojá (Yemojá oro Irokó) pelo falecido Cheo de Shangó, Shangó Larí, em Matanzas, na década de 1950. Desde então, não houve outra ordenação.


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